Stealthing: Quando o Consentimento é Quebrado no "Silêncio" Entenda o Que é Stealthing e Como se Proteger

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No mundo moderno, falar sobre consentimento sexual é essencial para promover relações saudáveis, respeitosas e seguras. Porém, uma prática perigosa e abusiva chamada stealthing tem chamado a atenção de especialistas, ativistas e autoridades. Neste artigo, vamos entender o que é o stealthing, seus impactos legais e psicológicos.

O Que É Stealthing?

Stealthing é o termo em inglês usado para descrever a remoção não consensual do preservativo durante o ato sexual. Ou seja, é quando uma pessoa tira o preservativo sem avisar ou sem obter o consentimento da outra, quebrando o acordo inicial de proteção e colocando em risco a saúde e a integridade emocional do(a) parceiro(a).

Essa prática é considerada por muitos especialistas uma forma de violência sexual, pois viola diretamente o consentimento e a autonomia da outra pessoa.

Por Que É Grave?

Embora algumas pessoas ainda tratem o stealthing com desinformação ou até mesmo como “malandragem”, ela é uma atitude abusiva e criminosa. Os riscos são sérios:

• Exposição a ISTs (Infecções Sexualmente Transmissíveis) como HIV, sífilis, herpes, entre outras.

• Gravidez não planejada, caso a relação seja entre pessoas com capacidade reprodutiva.

• Abalo psicológico, incluindo sentimentos de traição, raiva, humilhação e até trauma.

• Violação do direito ao consentimento, que é a base de qualquer relação sexual saudável.

Nos últimos anos, diversos países já passaram a tratar o stealthing como crime específico, como Estados Unidos (em alguns estados) e Alemanha. No Brasil, debates no Congresso têm avançado lentamente, mas cresce a pressão por um enquadramento mais claro da prática como crime.

Como Prevenir e Criar uma Cultura de Consentimento

Prevenir o stealthing não depende da vítima, mas é importante saber reconhecer comportamentos suspeitos e estabelecer limites claros com os parceiros. 

Stealthing não é “normal”, não é “erro”, não é “mal-entendido”: é uma violação grave da autonomia e da dignidade da outra pessoa. Assim como qualquer forma de violência sexual, ele precisa ser combatido com informação, empatia e justiça.

"Este artigo tem caráter informativo e não substitui análises Técnicas de um profissional e especialista da Área".